Luxação de patela: causas, tratamento e prevenção!
A patela, ou rótula, é o pequeno osso que fica na frente do joelho e faz a “conexão” da musculatura anterior da coxa com o tendão patelar. Luxação de patela acontece quando o osso desliza para fora do lugar, seja parcialmente ou por completo, levando à dor e perda de função. Mesmo que a patela volte ao lugar sozinha, ainda será necessário tratamento para o alívio dos sintomas dolorosos e uma avaliação precisa do quadro.
O Dr. João Paris Buarque de Hollanda (CRM: 113.136), ortopedista especialista em joelho, explica por qual razão acontece a luxação na patela, quais os tratamentos e como prevenir!
Quais são os fatores de risco que levam à luxação de patela?
Dr. João explica que qualquer pessoa pode desenvolver instabilidade patelar. “As mulheres tendem a ter maior frouxidão ligamentar, o que as torna mais suscetíveis à instabilidade patelar”.
Praticar esportes de alto impacto, como futebol, ou atividades que exigem muitos movimentos rotacionais dos joelhos, como basquete, também aumentam o risco de luxação da patela. Além disso, algumas condições de saúde, como Síndrome de Down e Síndrome de Ehlers-Danlos, predispõem à maior incidência de luxação de patela devido à frouxidão do tecido conjuntivo associada a essas patologias.
Quais os tipos de luxação ou instabilidade patelar?
Existem dois tipos de instabilidade patelar. O primeiro é conhecido como luxação traumática da patela, em geral, resultante de um trauma agudo no joelho, quando a patela é empurrada completamente para fora do sulco troclear.
O outro tipo de instabilidade é conhecido como instabilidade patelar crônica. Nesse tipo, há fatores anatômicos que predispõem o deslocamento da patela mesmo em movimentos corriqueiros do joelho.
Quais os sintomas da instabilidade patelar?
Os sintomas podem variar muito dependendo da energia do trauma e do grau de instabilidade da patela.
“Em caso de um trauma direto que causa o deslocamento da patela, normalmente há bastante inchaço, dor e bloqueio de movimento do joelho, além de sentir a patela deslocada para a região lateral do joelho. já na instabilidade patelar crônica, os sintomas podem ser mais amenos, porém mais recorrentes e, muitas vezes, o paciente percebe a patela saindo e voltando para o lugar”, explica Dr. João.
Como é feito o diagnóstico de instabilidade patelar?
Assim como em outras patologias ortopédicas, o diagnóstico é feito a partir da história clínica, exame físico e exames de imagem.
Na maioria das vezes, a história clínica é bem característica da lesão e já direciona para o diagnóstico. No exame físico são avaliados sinais indicativos de instabilidade patelar como frouxidão ligamentar e patela lateralizada. Fazem parte da avaliação clínica exames de imagem, como radiografias simples, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Qual o tratamento para a luxação de patela?
O tratamento ideal depende de cada caso, podendo ser conservador por meio de medidas analgésicas e sessões de fisioterapia para controle do quadro álgico, e, posteriormente, exercícios para fortalecimento muscular para aumento da estabilidade patelar.
Em outros casos, principalmente, nos casos de luxações recorrentes, há a indicação de tratamento cirúrgico para reposicionamento e estabilização da patela.
Existe alguma medida preventiva?
Dr. João recomenda como medida preventiva exercícios que fortalecem a musculatura da coxa e a musculatura ao redor do joelho, como bicicleta, musculação e exercícios funcionais. Essas atividades podem aumentar a estabilidade da patela e prevenir a instabilidade patelar em alguns casos.
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Ortopedista | CRM: 113.136
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